Segundo a antroposofia, a ciência espiritual que você vai “ouvir” falar bastante por aqui no meu blog, nossa alma possui três grandes forças: pensar, sentir e querer.

Durante toda a nossa vida estamos elaborando e sendo movidos pela forças anímicas (pensar,  sentir e querer), mas na infância, a força do querer está muito presente e nos impulsiona a fazer algo o tempo todo.

Não à toa, esta força está ancorada no sistema metabólico motor, responsável por nos conduzir nos nossos caminhos. Não à toa também, vemos o tempo todo as crianças se movimentando, indo atrás do que querem, uma vez que é essa a força que as move e que as impulsiona para conhecer este mundo ao qual sua alma acabou de conhecer.

Todo esse movimento em busca do que se quer, é um necessidade do corpo etérico se apropriar do corpo físico.

Neste momento da vida, deveríamos incentivar todo tipo de atividade corpórea da criança, e quantas vezes temos visto essas atividades sendo reprimidas e trocadas por horas em um ambiente fechado, horas em frente aos tablets, celulares e computadores?
Muitas vezes nos deparamos com a criança querendo e desejando coisas e situações da forma como elas querer ou sem ter a exata compreensão do fato de certas coisas serem permitidas e outras não. Especialmente com as crianças menores de 4 anos, a melhor maneira de conduzir as situações é nos lembrando que elas aprendem pela imitação. Se desejamos que elas façam algo como juntar os brinquedos, devemos começar a juntá-los para que essa vontade de imitação e esse impulso do querer venha à tona.

A partir do momento que olhamos para a criança com essa visão, com esse entendimento de algo que profundamente a move, temos mais condições de compreender seus desejos, seus movimentos e suas buscas e tudo isso faz com que sejamos mais empáticos com elas.

Todos nós precisamos dessa força para nos movimentar na vida, porque não lidar com ela na infância como algo positivo não é?
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Com amor,
Mari.